quinta-feira, 22 de abril de 2010

Distúrbio Bipolar

Transtorno Bipolar

O que é?

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.
A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.



Características

O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.



Tipos

Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Outros tipos foram propostos por Akiskal, mas não ganharam ampla aceitação pela comunidade psiquiátrica. Akiskal enumerou seis tipos de distúrbios bipolares.



Fase maníaca

Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.



Fase depressiva

É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.



Exemplo de como um paciente se sente

...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.



Sintomas (maníacos):

Sentimento de estar no topo do mundo com um alegria e bem estar inabaláveis, nem mesmo más notícias, tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao paciente podem abalar o estado de humor. Nessa fase o paciente literalmente ri da própria desgraça.
Sentimento de grandeza, o indivíduo imagina que é especial ou possui habilidades especiais, é capaz de considerar-se um escolhido por Deus, uma celebridade, um líder político. Inicialmente quando os sintomas ainda não se aprofundaram o paciente sente-se como se fosse ou pudesse ser uma grande personalidade; com o aprofundamento do quadro esta idéia torna-se uma convicção delirante.
Sente-se invencível, acham que nada poderá detê-las.
Hiperatividade, os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns minutos ou relaxar.
O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que apresentam tanto risco para integridade física como patrimonial.
O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo tendo numerosos parceiros num curto espaço de tempo.
Os pensamentos correm de forma incontrolável para o próprio paciente, para quem olha de fora a grande confusão de idéias na verdade constitui-se na interrupção de temas antes de terem sido completados para iniciar outro que por sua vez também não é terminado e assim sucessivamente numa fuga de idéias.
A maneira de falar geralmente se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto freqüente nesses pacientes.
A necessidade de sono nessa fase é menor, com poucas horas o paciente se restabelece e fica durante todo o dia e quase toda a noite em hiperatividade.
Mesmo estando alegre, explosões de raiva podem acontecer, geralmente provocadas por algum motivo externo, mas da mesma forma como aparece se desfaz.



A fase depressiva

Na fase depressiva ocorre o posto da fase maníaca, o paciente fica com sentimentos irrealistas de tristeza, desespero e auto-estima baixa. Não se interessa pelo que costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa, tem pouca energia para suas atividades habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do sono e tende a permanecer na cama por várias horas. O começo do dia (a manhã) costuma ser a pior parte do dia para os deprimidos porque eles sabem que terão um longo dia pela frente. Apresenta dificuldade em concentra-se no que faz e os pensamentos ficam inibidos, lentificados, faltam idéias ou demoram a ser compreendidas e assimiladas. Da mesma forma a memória também fica prejudicada. Os pensamentos costumam ser negativos, sempre em torno de morte ou doença. O apetite fica inibido e pode ter perda significativa de peso.



Generalidades

Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também os pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida normal e independente.
A denominação Transtorno Afetivo Bipolar é adequada? Até certo ponto sim, mas o nome supõe que os pacientes tenham duas fases, mas nem sempre isso é observado. Há pacientes que só apresentam fases de mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares. O termo mania popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente falando em psiquiatria significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria e exaltação injustificada.
O transtorno de personalidade, especialmente o borderline pode em alguns momentos se confundir com o transtorno afetivo bipolar. Essa diferenciação é essencial porque a conduta com esses transtornos é bastante diferente.



Qual a causa da doença?

A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.
Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.



Como se trata?

O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos. Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol, o trileptal, o depakene, o depakote, o topamax.
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos. Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca", que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de tempo.
O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está completamente saudável, mesmo depois de anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer.
Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda contar com o verapamil, uma medicação muito usada na cardiologia para controle da hipertensão arterial que apresenta efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é ser incompatível com o uso simultâneo do lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes normotensos

Última Atualização: 15-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Psychiatry Research 2001; 103: 229-235
Age of Onset of Bipolar II Derpessive Mixed State
Franco Benazzi

saiba mais
acesse: http://www.psicosite.com.br/tra/hum/bipolar.htm
http://www.infoescola.com/doencas/transtorno-bipolar/
http://psiquiatriaetoxicodependencia.blogspot.com/2010/04/o-transtorno-bipolar-uma-introducao.html



O que é Distúrbio Bipolar
Bipolar Disorder – Source - NIMH


Distúrbio Bipolar, também conhecido como mania e depressão, é uma desordem do cérebro que causa mudanças não previstas no estado mental da pessoa, no humor, na energia e na habilidade de funcionar corretamente. Diferente dos altos e baixos normais que todos sentimos, o distúrbio bipolar é sério, pode destruir relacionamentos, tornar a performance ruim no trabalho e escola e até mesmo levar ao suicídio. Mas a boa notícia é que o distúrbio bipolar pode ser tratado e pessoas com esta doença podem viver uma vida produtiva e feliz.

Mais de dois milhões de adultos americanos ou mais ou menos 1% da população com idade de 18 a 40 anos, ou mesmo com idade mais avançada podem, a qualquer momento, ter DBP. Este é um distúrbio que se desenvolve no final da adolescência ou início da idade adulta. No entanto, algumas pessoas têm seu primeiro episódio durante a infância, outras desenvolvem no final da vida. Em geral, não é reconhecida como doença, e pode fazer com que as pessoas sofram por anos antes de serem corretamente diagnosticadas e tratadas. Como a diabete, o distúrbio bipolar é uma doença persistente e precisa ser tratado ao longo da vida do portador.

“Mania e depressão distorcem o humor e pensamentos, estimulam comportamentos desagradáveis, destrói as bases de pensamentos racionais e, muito freqüentemente, destrói o desejo e a vontade de viver. É uma doença biológica em suas origens, mas o portador a sente também de maneira psicológica; é uma doença única por proporcionar vantagens e prazeres, mas ainda, traz consigo sofrimento insuportável, e freqüentemente, suicídio”.

(Kay Redfield Jamison, Ph.D., An Unquiet mind, 1995, p.6).

Quais os sintomas do distúrbio bipolar?

DBP causa mudanças bruscas de humor, entre o “alto” (high) onde a pessoa se sente confiante, com a sensação de invencibilidade, poder, felicidade suprema e/ou irritabilidade, o que a faz mudar de maneira rápida ou não, para a tristeza a falta de esperança e novamente a traz para o alto, geralmente com períodos de normalidade entre estas fases. Os períodos de alto e baixo são chamados de episódios de mania e depressão.

Os sinais e sintomas de mania (ou episódios maníacos) incluem:

• • Aumento de energia na produtividade e não necessidade de descanso.
• • Extrema irritabilidade.
• • Pensamentos extremamente rápidos e falar muito.
• • Distração - não consegue se concentrar.
• • Pouca necessidade de dormir.
• • Pensamentos não realísticos sobre habilidades e poder.
• • Julgamento pobre.
• • Gastar compulsivamente.
• • Longo período de comportamento diferente do habitual.
• • Aumento na atividade sexual.
• • Abuso de drogas, particularmente cocaína, álcool, e medicamentos para dormir.
• • Comportamento: provocativo, intrusivo e agressivo.
• • Negação de que algo esteja errado.

Um episódio de mania é diagnosticado quando o estado alto de humor da pessoa ocorre com três ou mais sintomas, a maior parte do dia, quase todos os dias por uma semana ou mais. Se o humor (estado mental) é irritado, quatro sintomas adicionais devem estar presentes.

Os sinais e sintomas de depressão (ou episódio depressivos) incluem:

• • Sentimentos de tristeza ou pessimismo.
• • Tristeza, ansiedade ou sensação de vazio.
• • Sentimentos de culpa, falta de esperança e falta de confiança no valor de si mesmo.
• • Perda de interesse por atividades ou prazeres de que gostava, incluindo sexo.
• • Diminuição de energia, sentimentos de fatiga ou estar devagar.
• • Dificuldade de concentração, de lembrar e tomar decisões.
• • Agitação e irritabilidade.
• • Dormir demais ou não conseguir dormir.
• • Mudança no apetite e/ou aumento ou perda de peso.
• • Dor crônica ou outro sintoma persistente não causado por doenças físicas ou acidentes.
• • Pensamentos de morte, suicídio ou tentativas de suicídio.

Um episódio de depressão é diagnosticado se cinco ou mais destes sintomas durarem a maior parte do dia, quase todos os dias, por períodos de duas semanas ou mais.

Um episódio moderado de mania é chamado de hipomania, a pessoa pode sentir bem durante o episódio e ele pode ser associado a um bom funcionamento e aumento na produtividade. Mesmo quando amigos e familiares aprendem a reconhecer os sinais de mudança de humor como distúrbio bipolar, o portador pode negar que algo esteja errado.

Sem tratamento adequado, hipomania pode se tornar mania severa em algumas pessoas ou mudar para depressão.

Algumas vezes episódios severos de mania ou depressão podem resultar em sintomas de psicose (sintomas psicóticos). Sintomas psicóticos comuns incluem: alucinações (ouvir, ver ou sentir a presença de coisas que não estão ali e falsas e fortes crenças não causadas pelo pensamento racional ou explicadas pelos conceitos culturais da pessoa).

Os sintomas psicóticos tendem a refletir o estado mental extremo do humor no momento. Por exemplo, ilusões de grandiosidade, como acreditar ser o presidente de um país, ou ter poderes especiais, ou ser muito rico, podem ocorrer durante mania; ilusões de culpa, falta de valor, como acreditar que está arruinado ou sem um tostão ou ter cometido um crime horrível, podem aparecer durante depressão. Pessoas com desordem bipolar, que apresentam estes sintomas, geralmente são incorretamente diagnosticadas como tendo esquizofrenia, outra doença mental severa.

Pode ser útil pensar nestas variações de estados mentais no DBP como um espectro ou como uma série contínua: num extremo está depressão severa, um pouco acima depressão moderada e leve, o que muitas pessoas chamam de blues, é denominado de distimia, quando crônica. Acima existe o estado mental normal e balanceado, mais acima, hipomania (leve para moderada) e no outro extremo, mania grave.

Em algumas pessoas, no entanto, sintomas de mania e depressão podem ocorrer em conjunto e são chamados de estado bipolar mixed. Sintomas deste estado mixed geralmente incluem agitação, problemas para dormir, mudanças no apetite, psicoses e pensamentos suicidas.

A pessoa pode estar muito triste, sem esperanças, mas ao mesmo tempo cheia de energia.

Apesar de ter um distúrbio mental, o portador do DBP pode parecer uma pessoa problemática, por exemplo; abusar de álcool e drogas, ter baixa performance no trabalho e escola ou relacionamentos pessoas ruins. Estes problemas na verdade podem ser sinais de uma doença de humor.

Diagnóstico do DBP

Como em outras doenças mentais, DBP não pode ser identificado fisicamente, por exemplo, com um teste de sangue ou imagem. O diagnóstico deve ser feito com base nos sintomas, curso da doença e quando disponível, a história familiar. O critério para diagnóstico está descrito no Manual diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV).

Qual o curso seguido?

Episódios de mania e depressão geralmente recorrem através da vida. Entre os episódios, muitas pessoas ficam livres dos sintomas. Cerca de 1/3 das pessoas têm sintomas residuais. Uma porcentagem muito pequena experimenta sintomas que não melhoram, ainda que recebam tratamento.

A forma clássica da doença, que envolve episódios de mania e depressão, é chamada de Distúrbio Bipolar I. Algumas pessoas, no entanto, nunca desenvolvem mania severa, ao invés experimentam episódios moderados de hipomania que são alterados com depressão, esta forma da doença é chamada de Bipolar II. Quando quatro ou mais episódios da doença ocorrem em 12 meses, é dito que se sofre de ciclo rápido do DBP. Algumas pessoas apresentam múltiplos episódios em uma semana ou em um mesmo dia. Este ciclo rápido tende a se desenvolver quando a doença está adiantada e é mais comum em mulheres do que em homens.

Pessoas com Distúrbio Bipolar podem levar uma vida saudável e produtiva se tratadas efetivamente. Sem tratamento, no entanto, o curso natural do distúrbio tende a piorar. Com o tempo as pessoas podem passar a sofrer mais freqüentemente (ciclos mais rápidos) e episódios mais severos de mania e depressão, do que aqueles que aconteciam quando a doença começou. Mas, na maioria dos casos, com tratamento adequado é possível levar uma vida produtiva e com qualidade.

Crianças e adolescentes podem ter DBP?

Crianças e adolescentes podem desenvolver distúrbio bipolar, sendo mais provável afetar crianças cujos pais já têm a doença.

Ao contrário dos adultos, que tendem a apresentar episódios mais definidos, crianças e adolescentes com a doença, geralmente experimentam rápidas mudanças de humor entre depressão e manias, diversas vezes ao dia. Estas crianças são mais prováveis a serem irritadas e terem comportamentos destrutivos do que a serem felizes. Sintomas misturados também são comuns em jovens com bipolar.

Pode ser difícil diagnosticar DBP em crianças e adolescentes porque o distúrbio pode ser confundido com outros problemas que ocorrem nesta idade, por exemplo, enquanto irritabilidade e agressividade podem indicar DBP, podem também ser sintomas de déficit de hiperatividade, desordem de comportamento, ou outros tipos de desordens mentais, comuns entre adultos como depressão severa ou esquizofrenia. O abuso de drogas também pode levar a estes sintomas.

Como em qualquer doença, a eficácia no tratamento depende do diagnóstico correto. Crianças ou adolescentes com sintomas emocionais ou comportamentais devem ser avaliadas por um profissional de saúde mental. Qualquer crianças ou adolescentes que tenha pensamentos suicidas, ou fale em suicídio deve ser levada a sério e receber ajuda de um profissional imediatamente.




extraído de:
www.nami.org/.../(PortuguesTranslation)BipolarDisorder.doc